sábado, 28 de agosto de 2010

Que tola, eu sou.


Olhei para o relógio: Três da manhã. Estava deitada na minha cama. Encolhida, eu olhava para a janela, o vento que entrava por ali parecia estar mais frio hoje. Eu me encolhi ainda mais, pensando como você me doía toda vez que me deixava. Abaixei minha cabeça.
E, naquele silêncio gritante, senti aquela certa coisa me abraçando. Ela, tão fria, tão má estava ali do meu lado novamente. Eu deveria estar acostumada com a sua ilustre presença, mas toda vez que ela se aproximava com teu frio abraço, eu estremecia e me sentia cada vez mais só, e ela cada vez mais fria. Que tola eu sou.
Há alguns meses atrás, ela me avisou que voltaria, mais cedo ou mais tarde. Ela disse que no fim o último abraço seria o dela. Eu lembro claramente de quando havia dito que eu terminaria assim, sozinha, desiludida, sangrando. Que tola, eu sou. Desde o começo, desde sempre eu deveria me conformar.
E parmaneci daquele mesmo jeito; meus abraços envolviam meus joelhos, minha cabeça permaneceu baixa, e eu permaneci decepcionada e abraçada por ela, a eterna solidão.
Dedico a Gabriela, minha amiga romântica-água-com-açúcar e cobaia literária.


Quanto tempo, hein! Enfim, vou deixando aqui um textinho que achei esses dias perdido por minhas pastas no meu note. Não prometo postar com muita frequência, mas espero que vocês gostem do que escrevo aqui! Lembrando sempre, adoro elogios, críticas construtivas e sugestões. xx
 
By Biatm ░ Créditos: We ♥ it