sexta-feira, 30 de abril de 2010


Claro que você não tem culpa, coração, caímos exatamente na mesma ratoeira, a única diferença é que você pensa que pode escapar, e eu quero chafurdar na dor deste ferro enfiado fundo na minha garganta seca que só umedece com vodca, me passa o cigarro, não, não estou desesperada, não mais do que sempre estive, nothing special, baby, não estou louca nem bêbada, estou é lúcida pra caralho e sei claramente que não tenho nenhuma saída, ah não se preocupe, meu bem, depois que você sair tomo banho frio, leite quente com mel de eucalipto, gin-seng e lexotan, depois deito, depois durmo, depois acordo e passo uma semana a banchá e arroz integral, absolutamente santa, absolutamente pura, absolutamente limpa, depois tomo outro porre, cheiro cinco gramas, bato o carro numa esquina ou ligo para o cvv às quatro da madrugada e alugo a cabeça dum panaca qualquer choramingando coisas tipo preciso-tanto-uma-razão-para-viver-e-sei-que-essa-razão-só-está-dentro-de-mim-bababá-bababá e me lamurio até o sol pintar atrás daqueles edifícios sinistros, mas não se preocupe, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais autodestrutiva do que insistir sem fé nenhuma?
Ah, passa devagar a tua mão na minha cabeça, toca meu coração com teus dedos frios, eu tive tanto amor um dia. Ela para e pede:
preciso tanto tanto tanto, cara, eles não me permitiram ser a coisa boa que eu era...

Caio F. Abreu

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Desamor.


Pobre coração, pobre sentimentos. Se desgastaram, não querem mais... Não querem mais sofrerem, não acreditam no amor. Não sabem o que é o amor.
E preferem ficar assim mesmo. O vazio o conforta, o frio esquenta. A sensação de não conseguir amar também. É, foi melhor assim. Muito obrigada a você, que me fez perceber isso.




Quis escrever algo diferente, Desamor. Não é exatamente nada ligado a mim Talvez. Enfim, espero que gostem.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Ele estava lá, aliás, sempre esteve. Nos piores e melhores momentos da minha vida. E eu? Eu nunca percebi.


Era uma tarde não muito quente da primavera.
Eu me sentei na areia úmida, próxima ao mar. Me concentrei no doce agressivo barulho das ondas e no vento que soprava em meu rosto, fechei os olhos e me foquei apenas nos mesmos.
Senti alguém me envolvendo em seus braços, olhei para trás e era você. Você, que eu nunca dei a devida atenção merecida, o devido amor, a devida devoção. No mesmo instante, você encostou a minha cabeça em seus ombros, e nesse momento me senti totalmente segura. Era como se nada de mal existisse no mundo, você proporcionava todas as coisas boas que eu precisava.
Logo, tu passou as mãos em meus cabelos os acariciando, juntou as sombrancelhas com uma expressão de confusão - Oh minha pequenina, não fique assim, eu sempre estarei aqui, do teu lado, mesmo que as vezes não perceba. Eu sempre estive aqui, em todos os momentos. Eu presenciei todos os teus medos, as tuas angústias, as tuas dores. Eu sempre tentava te abraçar, mas você fugia. Parecia não querer a minha ajuda... Mas eu nunca deixei de olhar pra ti, de te proteger. Eu estava e estarei aqui o tempo todo, a qualquer momento tu sabes que pode conversar comigo. - Disse com sua delicada e tranquilizadora voz. Ele esboçou um sorriso de lado, e eu sorri tbm. Estava tão bom ficar ali, ele proporcionava tudo o que eu precisava... Fechei os olhos (...)
Quando os abri de novo, ele havia sumido. Senti o vento soprar meu rosto novamente e com a sensação de ser beijada em meus cabelos percebi que ele ainda estava ali, e sempre estará. Não fisicamente, mas esperitualmente. Ele sempre estará aqui, dentro de mim. Basta eu procurar, basta eu querer sentir a tua presença.



Havia guardado esse texto, há um tempinho e agora resolvi posta-lo. O que achas? Do que se trata, vocês decidem. Interpretem como quiser, afinal, tudo é interpretação.
PS: Ainda irei seguir e comentar todos os blogs que me seguem/comentem. Pode demorar um pouco, mas o farei.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Outono.


Tanto tempo já se passou, tantas coisas já mudaram. O sol já foi embora, as folhas estão caindo ao chão anunciando a chega do outono.
Assim como os dias iluminados, o meu amor também se foi. Estava tentando fugir de tudo isso, mas querido, os nossos momentos insistem em assombrar a minha mente, o teu cheiro insiste em ficar na minha blusa. Aquele sorriso, é, aquele maldito sorriso que você me dava quando trócavamos juras de amor insiste em ficar em minha mente.
O frio está chegando, o céu está começando a ficar cinza, assim como o que eu sinto por ti.
Eu estava fugindo disso de todas as formas. Estava tentando não lembrar mesmo que muitas vezes me peguei sorrindo idiotamente lembrando de algum momento nosso, logo depois me ocupava com qualquer coisa para não lembrar novamente. Até pouco tempo, eu tava correndo desse sentimento de todos os jeitos, por que para mim, fugir seria a melhor solução para esquecer-te. Pensei que quando procurasse algo aqui dentro, não acharia. Mas não aconteceu. Esse sentimento continua aqui, sentado em meu peito.
Talvez seja medo de me desapegar a algo tão intenso, medo de deixa-lo sozinho, medo de me libertar desse sentimento. ''Mas você deveria estar feliz por se desapegar a isso.'' É, eu sei que sim. Mas há muito mais que me libertar de tal sentimento. Há muito mais que isso. Eu penso, quem vai te ajudar quando mais precisar? Quem vai lhe confortar nos momentos difícieis? E quando você estiver desesperado por ajuda, qual nome tu irá gritar se eu for embora? Quem vai cuidar de ti? Quem será sua força, quando a não ter mais? Quem você vai culpar, quando tudo der errado?
Mas quem sabe, após refletir, eu pense de uma maneira diferente. O inverno vai chegar, e com ele, o solitário frio. E com o outono, eu irei embora.

sábado, 3 de abril de 2010


''E se quiser saber quanta beleza você tem, vá para a frente do espelho, feche os olhos e olhe para dentro de si mesmo e saberá quão belo você é.''
 
By Biatm ░ Créditos: We ♥ it